A guerra invisível: o abismo social das crianças no Brasil
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Junho é o Mês do Orgulho LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Transsexuais, Queer, Intersexuais e Identidades não heterossexuais e não cisgêneros, Assexuais, Pansexuais), uma celebração anual com o objetivo de reconhecer e honrar a diversidade, além de propor a reivindicação da igualdade de direitos e reflexão sobre a história e as conquistas até a presente data.
Não poderia deixar de lembrar o quanto a data traz questionamentos e reflexões na sociedade. O Instituto Mundo Aflora apoia e acolhe o público que está ou já esteve cumprindo medidas socioeducativas nos centros femininos, atualmente no Estado de São Paulo, através de programas como o Aflora Visão, VOZES! e Aflora Mundão.
O Aflora Visão é um programa que acontece dentro de centros socioeducativos femininos e tem como objetivos criar vínculos, aumentar o repertório, além de trazer um ambiente seguro para que as pessoas aprendam e se expressem através das oficinas e atividades propostas. O VOZES! é uma metodologia de autoconhecimento e quebra do ciclo do trauma com foco em gênero para meninas e meninas em situação de vulnerabilidade e risco. Já o Aflora Mundão é o programa pós-medida que trabalha com algumas linhas como promover uma ponte para os estudos, trabalho e empreendedorismo, além de promover um senso de pertencimento e confiança.
Todo trabalho desenvolvido pelo IMA tem uma coisa em comum, além da garantia de direito, principalmente para as adolescentes LGBTQIAP+ é fazer com que se sintam incluídas em uma sociedade que o primeiro pensamento é excluir, torná-las confiantes e transmitir que possuem o direito de ser quem quiserem, ou seja, o direito de existir e ser respeitada.
Mas, por que junho é um mês tão importante para refletirmos sobre o nosso papel como sociedade?
Junho é marcado por eventos e paradas em referência ao movimento, que aconteceu em 1969, em Nova York, conhecido como a Rebelião de Stonewall, onde a comunidade LGBTQPIA+ sofreu uma violenta abordagem policial no bar, gerando reação dos presentes, que enfrentaram as autoridades.
A Rebelião de Stonewall resultou na primeira marcha do Orgulho Gay em 1970 e foi o marco para o início das discussões dos direitos LGBTQIAP+ no mundo.
Com o passar dos anos, o mês do Orgulho LGBTQIAP+ passou a desempenhar um papel fundamental na visibilidade e no empoderamento da comunidade, destacando temas, como personalidades, experiências e discriminação, e também promovendo o senso de orgulho e aceitação, inspirando muitas pessoas a se expressarem e se sentirem mais confiantes em relação à sua orientação sexual e identidade de gênero.
Mesmo com toda a luta por igualdade e respeito, as pessoas da comunidade LGBTQIAP+ ainda sofrem com a violência que, muitas vezes, resulta em mortes, bullying e exclusão por parte da sociedade.
No Brasil, a onda de ódio é principalmente contra pessoas transsexuais. De acordo com dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), em 2022, 131 pessoas transsexuais e travestis foram assassinadas e outras 20 tiraram a própria vida diante da discriminação e do preconceito.
O movimentoLGBTQIAP+ age constantemente em busca da igualdade social, seja através da conscientização das pessoas contra bifobia, homofobia, lesbofobia e transfobia ou através das reivindicações da igualdade de direitos.
E, no Instituto Mundo Aflora, não é diferente. Agimos diariamente em prol das adolescentes trans, a fim de garantir a igualdade de gênero, a diversidade e a garantia de direitos. Se mesmo os adultos já são, muitas vezes, invisíveis para a sociedade, o caso é muito pior quando falamos sobre adolescentes que estão descobrindo suas identidades e, ao mesmo tempo, tendo seus direitos negados e se tornando ainda mais vulneráveis por conta do preconceito, da desinformação, de violências, da não aceitação da família, da evasão escolar, entre outros.
A invisibilidade é transformada em exclusão. Falar sobre o tema e gerar debates são formas de auxiliar para que haja políticas públicas em prol da proteção e do direito de existir.
Apesar dos avanços significativos nas últimas décadas, ainda precisamos fazer muito para garantir a plena inclusão e respeito a todas as pessoas.
Que junho não seja apenas 30 dias de discussão e debates, mas, sim, seja o início da informação e da consciência de que todos têm o direito de existir e ser quem desejam ser.
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